Eu tento buscar as palavras certas para te dizer. Eu tento formular cada pensamento, frase e vírgula para te fazer entender. Mas parece que nada te atinge. Enquanto tudo isso me engole como um tsunami de lembranças e emoções. E dói tentar compreender a sua racionalidade comigo, quando tudo o que eu tenho para você são sentimentos.
Quase ninguém sabe o que vem acontecendo comigo. Acho que nem você. Por mais que eu tente te explicar, acho que você não consegue enxergar a nossa história como antes. Parece que os anos te fizeram seguir e esquecer tudo o que a gente viveu e sentiu. E eu fiquei meio presa nesse espaço tempo em que muita coisa aconteceu, mas o sentimento continuou intacto.
As pessoas me olham e falam comigo, mas elas não sabem que eu ando por aí com um buraco imenso dentro de mim. Que eu tento sobreviver a cada minuto, hora e dia sem enlouquecer. Os dias cheios são um alívio, porque cada momento de silêncio me traz tudo isso de volta.
Eu queria gritar com você e te dizer que eu sou só uma pessoa. Porque parece que você ignora isso. Você jogou tudo em cima de mim e depois me deixou sozinha sem entender nada. Sem poder falar sobre e sem nenhuma resposta. E eu fico aqui conversando com os seus silêncios, tentando achar um sentido para tudo... ou para qualquer coisa.
Parece que a minha vida virou um filme pausado. Ou talvez um filme em que tudo está passando rápido e em preto e branco esperando um acontecimento para fazer tudo voltar ao normal. O acontecimento é você. E é cansativo esperar por algo que a gente nem sabe se vai chegar.
O tempo na ampulheta está se esvaindo. E está chegando a hora de você decidir o que você vai fazer comigo. Porque eu não vou conseguir segurar tudo isso sozinha. Então vem comigo... ou me deixa ir sem você.
Nem em mil anos eu esqueceria.
ResponderExcluirSerá?
ExcluirAcho que eu poderia perguntar o mesmo, não?
ResponderExcluirVocê pode, na verdade. E eu adoraria responder sobre.
ExcluirPor que agora?
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