sábado, 13 de julho de 2019

Por quanto tempo mais?

Eu tento buscar as palavras certas para te dizer. Eu tento formular cada pensamento, frase e vírgula para te fazer entender. Mas parece que nada te atinge. Enquanto tudo isso me engole como um tsunami de lembranças e emoções. E dói tentar compreender a sua racionalidade comigo, quando tudo o que eu tenho para você são sentimentos.

Quase ninguém sabe o que vem acontecendo comigo. Acho que nem você. Por mais que eu tente te explicar, acho que você não consegue enxergar a nossa história como antes. Parece que os anos te fizeram seguir e esquecer tudo o que a gente viveu e sentiu. E eu fiquei meio presa nesse espaço tempo em que muita coisa aconteceu, mas o sentimento continuou intacto.

As pessoas me olham e falam comigo, mas elas não sabem que eu ando por aí com um buraco imenso dentro de mim. Que eu tento sobreviver a cada minuto, hora e dia sem enlouquecer. Os dias cheios são um alívio, porque cada momento de silêncio me traz tudo isso de volta.

Eu queria gritar com você e te dizer que eu sou só uma pessoa. Porque parece que você ignora isso. Você jogou tudo em cima de mim e depois me deixou sozinha sem entender nada. Sem poder falar sobre e sem nenhuma resposta. E eu fico aqui conversando com os seus silêncios, tentando achar um sentido para tudo... ou para qualquer coisa.

Parece que a minha vida virou um filme pausado. Ou talvez um filme em que tudo está passando rápido e em preto e branco esperando um acontecimento para fazer tudo voltar ao normal. O acontecimento é você. E é cansativo esperar por algo que a gente nem sabe se vai chegar.

O tempo na ampulheta está se esvaindo. E está chegando a hora de você decidir o que você vai fazer comigo. Porque eu não vou conseguir segurar tudo isso sozinha. Então vem comigo... ou me deixa ir sem você. 

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