domingo, 30 de janeiro de 2011

Vai mudar

Um costume que eu criei com o passar do tempo foi o de, algumas horas antes da passagem para um ano novo, avaliar aqueles 365 dias que agora já anunciavam o seu fim. De certo nunca consegui pensar em todos os 365 dias, mas me recordava de alguns deles, provavelmente os mais engraçados e tristes, os mais especiais ou ainda aqueles que eu nunca vou esquecer. Ao fim disso, eu sempre tentava resumir aquele ano em uma só palavra. Após fazer isso alguns anos seguidos, notei que a palavra resumo de todos aqueles anos era a mesma: mudança. Mesmo se tentasse pensar em alguma outra, ou para trocar a palavra do ano anterior, ou daquele, nunca consegui. Sempre haviam motivos para eu considerar a palavra síntese como mudança.

Continuei com o costume e ainda o faço. A palavra síntese confesso que eu já não tenho mais trabalho para achar, pois sei que sempre será a mesma. O que pode ser óbvio para alguns, custou-me algum tempo para perceber e aceitar. Eu não conseguia me conformar como quase tudo podia mudar tão rápido em um curto espaço de tempo, como coisas que eu havia certeza que aconteceriam não aconteciam, como o que eu tinha certeza que permaneceria igual não permanecia. Nem sequer os amigos eram poupados, os que eu conversava tanto e que eram os mais próximos viravam apenas conhecidos.

Após anos lutando contra as inevitáveis mudanças da vida, finalmente parei de brigar com elas e agora tento a conciliação.

A vida não pode ser sempre igual e não deve ser, senão ficaríamos presos sempre às mesmas emoções e aprendizados. A vida muda para que nós possamos mudar também, para que possamos experimentar todo o tipo de coisa e aproveitar ao máximo. Resistirmos às mudanças nos deixa presos no passado e nos machuca. É necessário entender que as coisas tem um ciclo, assim como elas começam, elas precisam acabar.

Nosso dia a dia muda, nossos gostos mudam e, infelizmente ou não, as pessoas que nós compartilhamos mais os nossos dias também mudam. Você tem a oportunidade de conhecer novas pessoas e criar novos laços, pessoas que poderão ser mais ou menos fantásticas que as anteriores. Começar a conviver com novas pessoas não significa diminuir o valor daquelas outras, é só mais uma das mudanças que a vida nos dá. O presente não apaga o passado, nem escreve o futuro, tudo depende de você.

Saiba aproveitar os momentos novos e as oportunidades, mudar é bom, a vida é uma só para ser sempre igual. Saiba gostar de novas pessoas, sem esquecer de pessoas que estiveram tanto ao seu lado no passado. Se esforce e mantenha quem você realmente gosta perto de você. Se estiver infeliz com alguma coisa, tenha a coragem necessária e mude, é importante. Busque o que te faz feliz, ninguém sabe o caminho certo, nem as surpresas que a vida reserva.



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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Pequeno Vazio

Como uma teia que foi perfeitamente manipulada, você estava ali. Entre tantas decisões, tantas escolhas, tantos amigos, você decidiu estar lá aquele dia. E eu que tinha decidido ir por causa de outra pessoa, te encontrei. Como chuva de verão você chegou, de súbito e agradável. Você que nunca precisou fazer esforço para que eu sentisse algo por você. Você que era o sonho de qualquer pessoa, estava ali, tão livre, tão encantador, tão interessado, tão perfeito para ser meu. Você que sempre me deixou nervosa, tanto na primeira vez que eu te vi, quando eu não conseguia nem te olhar, como em todas as outras vezes, até as que eu te encontrei sem querer. Aquelas que seu sorriso não era mais para mim, aquelas que seus olhares doces só serviam para mostrar o que eu tinha perdido. E, mesmo assim, me alegrava te ver de perto outra vez, poder ter você na minha vida de novo por alguns minutos, uma tentativa de resgastar dias passados, tentar trazê-los para o presente inutilmente.

Mesmo depois de tantos anos, eu ainda consigo sentir aquela felicidade diferente que você me fazia sentir. Ainda consigo sentir seus abraços. Ainda consigo ver seus olhos exatamente como me olhavam naquela noite. Aquela noite que nós saímos com vários amigos e você, atencioso, não tirou os olhos de mim um minuto sequer. Em nenhum momento você me deixou de lado para falar com as outras pessoas, em nenhum momento você soltou minha mão da sua, não porque você queria parecer carinhoso, mas porque você era carinhoso comigo, sem precisar forçar gestos ou atitudes, você era naturalmente. Você que gostava de andar comigo com a mão em volta da minha cintura, mesmo que ficasse aquela coisa caótica da gente acabar se batendo a cada passo, você fazia questão daquilo, de estar bem ali do meu lado e até ficava inconformado quando eu me livrava do seu braço e segurava sua mão. Você que me irritava quando não queria deixar eu pagar absolutamente nada, não pelo preço, não porque queria causar uma boa impressão, mas porque você era daquele jeito cavalheiro. E como eu, teimosa, insistia para você aceitar o dinheiro e você só me ignorava. Você que já era tão homem e eu que ainda era tão menina. Você que me causava tanta admiração quando ia confiante batalhar pelo que você queria, enquanto eu ainda chorava para conseguir algo. Você que era tão certo de tudo e eu que era tão confusa. E, tenho certeza que, mesmo se eu tentasse, não ia conseguir esquecer daquele último dia quando você ainda era meu. Seu cabelo, seus olhos, sua camisa roxa, seu sorriso que sempre me fazia ficar boba, seu rosto sério quando você me perguntou se eu estava fugindo de você, eu quando sorri e disse que não. Eu não menti para você, você não acreditou, você e eu sabíamos. Eu precisava fugir de você, porque você era a pessoa ideal para mim, porque você era perfeito até nos seus defeitos, porque se eu continuasse te vendo, eu ia me apaixonar e eu tinha certeza que não era o que eu queria naquela hora, não, eu não podia me apaixonar por você, porque eu nunca ia conseguir aceitar te perder depois, então decidi te perder naquele dia antes que fosse tarde demais, só que o que ninguém me avisou é que já era tarde demais.


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sábado, 1 de janeiro de 2011

A vida é um aprendizado que nunca acaba

Aprendi que sinceridade é uma das coisas mais preciosas e raras, mas que nem todas as verdades devem ser ditas.

Aprendi que, geralmente, o que mais gostamos é o que mais nos faz mal.

Aprendi que perfeição enjoa.

Aprendi o quão importante é cuidar das pessoas que você gosta.

Aprendi que muitos falam sobre amor, mas poucos o sentem de fato.

Aprendi que é muito mais fácil ver o que deve ser feito quando se está fora do problema.

Aprendi que o peso das coisas negativas é sempre maior do que o das coisas positivas.

Aprendi que nem sempre a verdade que nós preferimos ver é a verdade real.

Aprendi que o melhor a se fazer quando alguém é estupidamente grosseiro, é ser gentil, mas que isso é extremamente difícil e requer prática.

Aprendi que o ‘e se’ sobre o passado é algo que não nos deixa ser felizes no presente.

Aprendi que nem sempre quem consegue é quem merece.

Aprendi que, quando você se importa com o que as pessoas pensam, você deixa de viver do modo que você quer e, convenhamos, é impossível agradar a todos.

Aprendi que ciúme não faz ninguém ser fiel a você.

Aprendi que o que tem valor de verdade na vida, não tem preço.

Aprendi que não devo fazer promessas, se não tenho intenção de cumpri-las.

Aprendi que quem briga muito por uma ideia é quem mais tem dúvidas sobre ela. Quem normalmente está certo consigo mesmo sobre algo, não sente necessidade de impor isso aos outros.

Aprendi que julgar alguém é muito delicado, pois não existem extremos, pessoas boas ou más. Existem momentos e situações.

Aprendi que desistir dói mais do que fracassar.

Aprendi que se você maltrata um ser mais fraco que você, você é um idiota. E se você faz mal a alguém por causa de dinheiro, time de futebol, religião, etnia e/ou opção sexual, você também é um idiota.

Aprendi que vingança é algo inútil, pois corrói sua bondade e, no fim, não te faz sentir aliviado.

Aprendi que arrependimento não mata e também não te concede uma segunda chance.

Aprendi que, quando você se afasta de pessoas falsas, hipócritas, fúteis e que não te agregam em nada, você vive melhor.

Aprendi que querer seguir a moda é para pessoas limitadas, os outros não precisam seguir a tendência da maioria, pois fazem seu próprio estilo.

Aprendi que você pode crer em destino e esperar as coisas acontecerem ou pode acreditar em algo e lutar por isso.

Aprendi que, quando se quer mudar mesmo alguma coisa, não se pode abaixar a cabeça e concordar calado.

Aprendi que nunca se deve perder a fé nas coisas por nada e que o que importa mesmo é a gente ser feliz!


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Obs. Gostaria de desejar a todos um ótimo 2011 com tudo de melhor. Abaixo um vídeo com 'Feliz ano novo' em vários idiomas.


A ordem em que aparecem no vídeo: inglês, persa, uzbeque, swahili, ucraniano, birmanês, russo, bengali, dari, árabe, português, mandarim, francês, cingalês, pashtun, azeri, sérvio, hindi, indonésio, nepalês, kirundi, vietnamita, macedônio, somalês, tamil, kirguís, urdu, albanês, turco, cantonês, hausa e espanhol.